Já tinha pensado desta forma sobre os seus Valores?

Já tinha pensado desta forma sobre os seus Valores?

A nossa personalidade é construída e assenta toda ela sobre valores.Esses valores foram-nos passados ao longo do nosso processo de crescimento como seres Humanos. Um primeiro e indispensável repositório de valores é a família que, de uma forma ou de outra, enquanto núcleos mais pequenos da sociedade, tendem a agregar os principais valores da mesma.

Funciona no fundo como um triângulo invertido do geral para o particular.

Na base da pirâmide está a sociedade no seu todo que tende a possuir, de uma forma mais ou menos unânime os mesmo valores basilares pelos quais se pauta, como escreveu Virgílio Ferreira (1916-1996), famoso escritor Português “os grandes valores não se definem como se não define uma simples dor de dentes.” No fundo, esses valores constituem a consciência social. É por este factor que certos comportamentos são genericamente aceites como eticamente conformes, enquanto outros serão eticamente desconformes. E o que é desconforme é reprovável.

Em seguida na pirâmide, vêm surgindo as entidades menores, que são o reflexo mais ou menos fiel dos valores da sociedade.

No fim desta pirâmide está a Pessoa, individual e concreta. O que tende a acontecer de uma forma cada vez mais comum, é uma progressiva subjectivação de determinados valores à medida que se desce na pirâmide. É como se o seu peso lá estivesse mas aleatoriamente cristalizado. Este é um fenómeno preocupante porque se assiste a um exponencial aumento de Pessoas sem consciência da importância dos Valores. E mesmo as que a possuem tendem a não possuir uma escala de Valores bem definida.

Os nossos Valores são uma das forças fundamentais das nossas vidas.Por esta razão, quando alguém não está consciente deles e não os tem bem definidos, apresentam-se como altamente limitadores. Por sua vez podem ser também, se bem alinhados, importantes para o nosso sucesso na vida. Sendo os valores aquilo que valorizamos, a que damos relevância, que é importante para nós, apresentam-se como critérios de conduta. Tendemos a agir em conformidade com os nossos valores e com o alinhamento que lhes damos, ou seja, a nossa escala de Valores. Mas o que é a escala de Valores? É no fundo a ordem pela qual os Valores são importantes para nós. Todos eles são valores socialmente reconhecidos em posição de igualdade, no entanto para cada Pessoa, a sua hierarquização poderá ser diferente. E será justamente dessas distintas hierarquizações valorativas que tenderão a surgir muitos dos conflitos quer externos/interpessoais quer internos/intrapessoais.

Os conflitos externos/interpessoais relacionam-se com as diferenças do que“é importante para mim” e do que “é importante para ti”. Por outras palavras será uma colisão de escalas de valores. Como, como escreveu a autora Anais Nin (1903-1977) “não vemos as coisas como elas são mas como nós somos”, a nossa visão da realidade e de todas as acções das outras Pessoas são visões tendo por base a nossa escala de valores.

No entanto, como cada um age de acordo com a sua escala de valores, se nos colocássemos no lugar do outro, pensando como se fossemos “ele” e não nós, mais facilmente aceitaríamos e não julgaríamos os outros. Como nos ensina a autora Lise Bourbeau (1941-…), “quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais sobre Pedro que sobre Paulo”. É justamente esta imposição dos nossos valores aos outros a causadora de atritos entre as pessoas e da tendência que apresentamos em nos relacionarmos com Pessoas que apresentem uma escala de valores similar á nossa.

Em relação aos conflitos internos/intrapessoais, tendem a manifestar-se quando existe um desalinhamento da nossa escala de valores, ou seja, quando existem incoerências endógenas entre aquilo que consideramos importante mas possuímos, por alguma razão, dificuldades em estabelecer prioridades.

Assim, identificar os nossos valores e hierarquiza-los por forma a construirmos uma escala de valores forte torna-se uma tarefa absolutamente essencial para reduzir ou eliminar a maioria dos nossos conflitos pessoais.

Vale a pena pensar nisto…

 

Grato por ter lido este artigo. Se achou o artigo interessante por favor coloque “Like” e partilhe.

Autor: Pedro J. de Moura nasceu em 1991 em Cascais onde estudou. Mais tarde, após concluir o ensino secundário ingressou na Universidade de Lisboa. Os conceitos dogmáticos e as verdades inquestionáveis nunca lhe fizeram muito sentido. Assim sendo, encontrou na Internet um veiculo para se expressar de forma livre e criativa enquanto Autor, Designer e Internet Marketer.

2 comentários

Deixe um comentário para Pedro J. de Moura Cancelar resposta